segunda-feira, 14 de março de 2011

Efeito das alterações climaticas na Pele.

"É muito importante que as pessoas sejam esclarecidas e não vivam de olhos tapados, esperando que um remédio ou médico qualquer, resolva seus problemas de saúde, quando eles não sabem tratar o que não tem tratamento, e pelo menos nos próximos tempos duvido que venha ter, a não ser que o planeta volte a ser habitavel para  os seres vivos". A cada dia, mais pessoas estão ficando doentes, e procurando ajuda junto dos médicos, que nada ou quase nada conseguem resolver, e tomando remédios que mais nada fazem senão piorar sua condição de vida ou afectando outros órgãos. As alterações climatéricas estão causando muito mal, principalmente a quem tem problemas do sistema imunitário 

Efeitos das Alterações climáticas na PELE

Fonte: Laboratório ISDIN

Muda-se o tempo... mudam as doenças.
Sabemos dos malefícios que as radiações solares em excesso têm na saúde das pessoas, pois podem provocar várias doenças, entre as quais o cancro da pele. Mas, como próprio clima está a mudar, será que estas alterações representam, também elas, um novo risco para a pele? Isso mesmo foi questionado por dezenas de profisionais, entre os quais dermatologistas, físicos, químicos, farmacêuticos e meteorologistas, que participaram num encontro do Grupo Espanhol de Fotobiologia, realizado no passado mês de Fevereiro, que contou com o apoio da Academia Espanhola de Dermatalogia. As conclusões não foram animadoras: a evolução das doenças da pele também estão relacionadas com as alterações registdas na camada de ozono.
Aquecimento global
O aquecimento global é um dos resultados mais visíveis das mudanças climáticas, pois os últimos 11 anos estão entre os 12 mais quentes desde que se começou a medir as mudanças de temperatura, em 1850. A actividade humana, e sobretudo os gases com efeito de estufa, deram lugar a um período invulgar de aquecimento global. A temperatura aumentou quase um grau (0,74¢ª C) nos últimos 100 anos, tendência que quase duplicou nos últimos 50 anos (0,13¢ª C por década). A principal causa do aquecimento global é a emissão de gases com efeito de estufa. O aumento das suas emissões levou a um reforço da radiação, uma vez que os gases com efeito de estufa devolvem (por radiação) parte da energia emitida pela superfície terrestre.
Riscos para a pele
- Prevê-se que as alterações climáticas originarão um aumento da temperatura, uma diminuição da humidade e possivelmente um aumento da radiação solar – factores que influenciam a saúde da pele. Aproximadamente 60% das mulheres e 40% dos homens têm a pele sensível. Assim, o aumento da temperatura leva a que a percentagem das pessoas com a pele muito sensível seja maior.
- As alterações do clima também podem alterar a distribuição de certas espécies transmissoras de doenças, como os mosquitos, e favorecer a dispersão de doenças, como a dengue. O valor ideal de humidade é de 50-70%. A sua diminuição pode provocar xeroses, dermatoses de baixa humidade, favorecer o aparecimento de rugas e o aumento do número de alergias.
- A exposição prolongada a ambientes quentes e secos pode causar o aparecimento da pele seca e descamativa – doença conhecida por xerose – que é acentuada no caso de já se ter alguma doença caracterizada por pele seca, como a dermatite atópica, doença muito comum.
- Uma das consequências da diminuição da humidade é o aparecimento de uma série de quadros genericamente conhecidos como a dermatose de baixa humidade – caracterizada por pele seca e vermelha nas zonas do corpo usualmente descobertas. A comichão intensifica-se à tarde e desaparece com o aumento da humidade. Embora sejam lesões pouco visíveis, causam algum incómodo a quem delas padece. É muito frequente entre quem trabalha com computadores, em escritórios, recepcionistas, pilotos, etc...
- A pele seca é mais frequente nas mulheres, já que a sua pele é mais delicada. Por regiões, a pele seca afecta mais as zonas do interior do país, sobretudo nos últimos meses da Primavera, e durante o Verão.
- As rugas podem acentuar-se em ambientes secos: alguns estudos demonstram que, em apenas 30 minutos, podem-se modificar as rugas finas se houver uma alteração nos níveis de humidade.
- A alteração da função barreira da nossa pele permite que os agentes externos penetrem no nosso organismo dando lugar a diversas alergias. Esta função barreira pode deteriorar-se em condições de baixa humidade, tornando-nos assim mais sensíveis.
- Os processos alérgicos incluem a sensibilidade de contacto ou dermatite atópica, uma doença muito comum nos países desenvolvidos que ocorre principalmente nas crianças e que altera a função barreira da pele, facilitando a entrada de alérgenos, provocando, entre outras coisas, alergia a alguns alimentos, asma, renite.
- O aumento da exposição solar, os solários e a diminuição da camada do ozono são as três causas do aumento da incidência do cancro cutâneo.
- A exposição solar em excesso pode provocar diferentes tipos de cancro de pele e alterações na imunidade.
- O aquecimento global também traz consigo mudanças de comportamento, que fazem aumentar o número de cancros da pele, já que, se a temperatura aumenta, há uma maior exposição ao sol e usamos menos roupa, ou seja, estamos menos protegidos.
- O número de cancros da pele aumentou nos últimos anos e calcula-se que a diminuição da camada do ozono, depois da implementação de diversos protocolos como o de Montreal, pode favorecer o aumento do cancro cutâneo, sendo previsível este aumento de 5% na Europa e 10% na América no ano de 2050.
- A radiação ultravioleta provoca também alterações na imunidade, afectando sobretudo duas doenças: o herpes e o papilomavírus. Neste caso, a coexistência da infecção e a alteração genética da imunidade (originada pelo Sol) favorece o aparecimento de cancro na pele. Nos indivíduos que recebem tratamentos que afectem o sistema imunitário, como quimioterapia ou radioterapia, é fundamental o uso quotidiano de fotoprotectores para uma protecção dos raios ultravioleta.
- Os poluentes gasosos e as partículas suspensas podem originar o que se conhece por “Síndrome do Edifício Doente”, que afecta 20 a 40% dos utilizadores do edifício durante a sua estadia no mesmo. Tratam-se de edifícios grandes, geralmente nas periferias da cidade. Os sintomas, que desaparecem durante o fim-de-semana, são irritação nos olhos, na garganta e na pele, cefaleias, tonturas, náuseas, cansaço mental e dificuldade de concentração.
Previsões do 4º relatório do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas
- Prevê-se um aumento da temperatura global superior a 2¢ª C, no final do século XXI, mas que supera os 4¢ª C nos cenários onde há uma utilização massiva da energia proveniente de combustíveis fósseis.
- A juntar ao aquecimento global, está a observação, nas camadas baixas da atmosfera, do arrefecimento da estratosfera (onde se situa a camada do ozono que filtra parte da radiação solar ultravioleta). Isto poderá prejudicar a camada do ozono e fazer retardar a regeneração, o que poderá ter como consequência a limitação da emissão de CFS estipulada no Protocolo de Montreal (1987).
- Outro aspecto a ter em conta é a diminuição da precipitação no sul da Europa como consequência das alterações climáticas. Esta diminuição pode alcançar os 20% no Verão. Isto supõe que, além de intensas ondas de calor nesta estação, poderá haver episódios de humidade relativa muito baixa em zonas do interior da Península Ibérica. A Camada do Ozono e o Índice UV (UVI).
- A camada do ozono filtra principalmente a radiação solar ultravioleta B. Esta radiação é muito pequena, mas produz efeitos muito negativos sobre a pele e é por isso objecto constante de estudo. Os valores do índice UV para a nossa latitude no Verão atingem um valor máximo superior a 10 ao meio-dia, o que representa para uma pele normal uma reacção de vermelhidão (eritema) para uma exposição de 15 minutos. As horas centrais do dia são as menos recomendáveis para uma exposição ao sol.
- O Índice UVI depende da capacidade de atenuação da atmosfera à radiação UVB. Influencia pois, para além do local geográfico considerado, a camada do ozono, a contaminação, a nublosidade, a reflexão do solo, a pressão e a temperatura. Uma vez que as alterações climáticas afectam estas variáveis, afectam também a radiação solar ultravioleta. O ozono é o aspecto em que é necessário ter mais em conta a evolução futura do UVI.
- As diferentes medições à camada do ozono revelam que há uma tendência para a sua diminuição desde os anos 80, facto que se repercute na radiação ultravioleta que chega até nós. Não obstante, a deterioração da camada do ozono provavelmente diminuiu devido às medidas adoptadas graças ao protocolo de Montreal.

- As alterações climáticas e as suas repercussões na camada do ozono podem retardar, ou mesmo anular, a sua possível regeneração e assim afectar os valores do índice UV. Como enfrentar estes problemas Para enfrentar estas consequências, é necessário, entre outros factores, manter a pele hidratada, protegermo-se do sol com o uso de fotoprotectores, óculos de sol, t-shirts, chapéus e controlar a humidade nos locais de trabalho.
Fonte: Laboratório ISDIN

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