terça-feira, 13 de maio de 2008

Quatro Anos Passados

Quatro anos passados e como tudo me acontece, verifiquei num belo dia de verão, ao tentar vestir as minhas calças justas, (sim! justas porque eu era só linha), que não cabia dentro delas. Mas como estava na praia de férias fazia um mês e vestia roupas largas ou quase não me vestia, não me dava conta.Preocupada com a situação corri para a balança... Ai jesus! a minha "linha"! Teria de ir rápido aplicar um daqueles cremes de redução e fazer massagens, deixar de comer...nadar mais?fazer mais ginástica? enfim, mil e uma coisas para voltar à linha? Mas...andava indisposta ou era impressão? tinha tonturas, era do calor? Bem bem! Mil pensamentos, começaram a passar na minha cabeça. Duas cesarianas,uma das quais com coma já me chegavam. Comecei a ficar nervosa e um pensamento veio à minha cabeça: "gravidez?"será? Corri para a farmácia para fazer o teste e pronto, lá estava tudo desvendado era mesmo....
Chorei dia e noite durante algum tempo...não aceitava...a moça ou o moço ia sair uma aberração, eu não queria, esfolava-me toda, não queria, mas pronto... aceitei cheia de medo.
Correu mal a gravidez e o pirralho esteve sempre com um pé dentro e outro fora, mesmo assim levava a vida aos pontapés na barriga, o que já provava que o bichinho ia ser de "MARCA". Mas, o pior estava para vir...farta da moleza da vida lá dentro, resolveu sair mais cedo para me infernizar a vida a mim e a quem cá fora mais estivesse.
De 8 meses, 2 250 kg, nasceu de cesariana e era uma menina. Berrava a toda a hora, mão sempre fechada para não dar nada a ninguém e só abria um olho de cada vez para não gastar. Ganhou logo a ronha toda e não me largava o dedo para eu não sair do pé dela. Minhas amigas nem acreditavam quando eu dizia que ela chorava dia e noite e só dormia comigo por perto, não gostava de ninguém a não ser de mim e da irmã. Lembro minha mãe dizer reclamando "ai, que a miúda não pode comigo!" Olhava na cara dela e berrava. Cresceu, começou a andar muito cedo e antes mesmo de andar já se jogava para fora da cama a bichinha. Amuava e chorava escondida por baixo das mesas aos cantos da casa se nos zangávamos com ela, dizia que lhe "tínhamos batido".
Chegou a escola! levava o tempo a dizer-me "mamã quando eu for grande quero ser cabeleireira ou professora da 1ª classe, assim não vou estudar eu não gosto de estudar".
Pela vida fora provou que não gosta mesmo, que é mão fechada, terrível...mas que pensa na vida e sabe que tem de estudar. Afinal parece que sempre vai ser educadora!

4 comentários:

Anónimo disse...

adorei a descrição do segundo bébé,recordar é viver,e da energias para equilibrar o futuro,bravo! A foto de Tavira é linda, aconselho a todos a vesitar o 'site' das fotos!um talento bem em evidencia!

Anónimo disse...

adorei a descrição dào segundo nascimento...E recordar é viver,e ,viver com recordações,é alimentar sentimentos.
a foto de Tavira esta linda, como linda estão todas do 'site' e convido-vos a vesita-lo!bravo!!

Anónimo disse...

Pois..mas parece que me iludi...afinal ser uma futura educadora tem muito mais que se lhe diga!!
estudar...muito...
trabalho..mais ainda...
mas acima de tudo considero que vou ter uma profissão gratificante.. :)

Ahhh e pq sou teimosa, rabina e td ixo..filho de peixe sabe nadar...
bjs**********

Anónimo disse...

A bichinha não é fácil... nasceu stressada mas com bom coração! Mão de vaca :) mas nada melhor para incentivar os pequeninos a poupar!! Mas não esquecer que se a castanha precisar é a 1ª a desembolsar!! Quem me der ser cão :)