sábado, 15 de outubro de 2011

Fibromialgia juvenil e a chamada dor do cresimento- Uma ATENÇAO ESPECIAL aos pais

Nunca deixe passar ao lado as dores de seu filho se elas forem frequentes e a criança apresentar cansaço. Uma criança saudável não tem dores e os médicos não sabem tudo. E erram muito, muito mesmo, eu que o diga.
É você que está lá ao lado dele, é você que sabe se ele está bem ou não. Ao médico cabe a tarefa de analisar e procurar saber se tudo está bem, se não resolver procure outro, é a vida de seu filho que no futuro e pela vida, vai sofrer e  muito. O fibromialgico tem muitas dores, tantas que ninguém imagina, nem ele próprio, porque para ele a vida foi sempre assim, com dor. É normal achar que é  assim com as outras pessoas também, e a vida e o trabalho pagam o resto. Mas quando ela despoletar a sério, e acredite esse dia vai chegar, seu filho vai desejar nunca ter nascido. Momentos como um pós-operatório, uma dor de dentes, uma simples dor de cabeça, num fibromialgico são demasiados penosos e só quem sabe ou passou pode avaliar.
Os médicos são completamente alheios a situações como estas muito embora possam verificar reacções diferentes nestes doentes. Lembro que em miúda minha mãe me esfregava as pernas quando eu tinha dores e me dizia que era do crescimento. Eu era pequenina e pouco me ficou disso, mas recordo bem que andava sempre cansada, nervosa e não dormia, sempre tive muitas dores de cabeça, mas era viva e alegre demais para relacionar as coisas, achava que a vida era assim, e minha mãe e irmãos diziam que eu era mimada demais. Recordo-me de minha mãe me levar ao médico por eu me queixar de cansaço, e mais tarde de meu médico me dizer que meu organismo era muito sensível. Na escola era muito nervosa e os médicos sempre acharam algo de estranho em mim, muito embora nunca conseguissem decifrar o quê. Até ao dia em sofri um coma resultante de um parto, a dor e o excesso de sensibilidade sempre fizeram  parte de minha vida, e a morfina pouco ou nada me faz e na minha mente tenho presente momentos de grande sofrimento.  E de quando fui mãe ter sido demasiado penoso e  ter sempre estado em risco de vida tal como meus filhos.
Tudo para mim foi difícil, e será...aprendi a não me queixar e a enfrentar o sofrimento, mas nunca jamais alguém pode imaginar como tudo é doloroso e difícil numa pessoa assim. Eu tomei o caminho da luta, sou forte...o sofrimento revolta-me e dou-lhe luta. A depressão tentou-me algumas vezes mas eu não deixei. Mas sei que poucos têm a capacidade de luta que eu tenho.
. Até uns anos atrás sempre achei que tudo isso era mesmo assim e que tudo tinha sido fruto das circunstâncias e mesmo, de um excesso de sensibilidade de meu organismo . Até aquela outra cirurgia em que nada nunca mais voltou a ser igual  e que a minha luta passou  de vez enquando a todos os dias. E em que cada dia que ponho um pé no chão me doí cada músculo do pé, que arde, que prende, que comecei a ter espasmos, que fiquei sem me mexer durante dias porque um grupo muscular estava contraído e inflamado, porque as contracturas nas costas são tantas e os músculos da cabeça estão todos contraídos como os do maxilar, o cansaço é tanto que o simples gesto de abrir os olhos é doloroso. Este meu relato é apenas um grito de alerta ás mães, porque a dor no seu filho ignorada pode causar um traumatismo no seu filho para sempre.
 Nunca tive baixa de auto- estima porque fui sempre muito alegre e lutadora, mas cheguei algumas vezes em pensar em suicídio consciente. Sentir-me limitada é a pior coisa que me poderia acontecer, a fibromialgia limita pela dor e pelo cansaço e baixa a imunidade devido á dor permanente. Trabalhar quando a fibromialgia atinge certos graus é impensável tal como viver em sociedade, e chegar á conclusão de que o mal é este leva muitos anos e serve apenas para sabermos o que temos. O fibromialgico não tem defesa á dor e pensa-se que é um problema do sistema nervoso central (traumatismo sofrido ou virose ) mas não existe cura por não se saber exactamente a causa, tão pouco o Estado apoia estes doentes. Os fibromialgicos são tratados por reumatologistas entre outros, muitas vezes estes doentes precisam de ter apoio psicológico para se aguentarem. Como é para sempre as medicinas alternativas podem ajudar a atenuar este sofrimento que leva a muitas outras doenças por tanta droga que se toma para ajudar a superar a dor.

- Dor do crescimento: Ocorre predominantemente nas meninas nana faixa entre 4 e 14 anos. É a terceira causa de dor recorrente em crianças e adolescentes, após a cefaleia e as dores abdominais. Afecta principalmente os membros inferiores e costuma aparecer à tarde ou à noite. A dor pode causar despertar nocturno e sumir completamente pela manhã. Analgésicos, massagens e alongamento ajudam a aliviar o incómodo.

- Fibromialgia juvenil: É uma das causas mais comuns de dores musculares crónicas e pode vir acompanhada de sintomas como fadiga crónica, sensação de peso ou inchaço nas extremidades, distúrbio do sono, depressão, ansiedade e baixa auto-estima. O tratamento inclui actividade física regular e terapia cognitivo-comportamental.

- Dores relacionadas à pratica de desportos: Entre as crianças e os adolescentes, as queixas mais frequentes são a dor muscular crónica, a dor na região lombar e a dor no púbis. Fisioterapia e medicamentos podem ser indicados de acordo com o diagnóstico.

- Dor abdominal recorrente: É definida na presença de pelo menos três episódios de dor, suficientemente fortes para interferir nas actividades habituais da criança por um período mínimo de três meses. Várias causas estão relacionadas, como processos infecciosos (por exemplo, infecção do trato urinário), inflamatórios (doença de Crohn), distensão ou obstrução de vísceras, doenças parasitárias e constipação. Há medicamentos que podem ser indicados pelo médico de acordo com as diferentes causas.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de lançar o Consenso sobre Dores Pouco Valorizadas em Crianças.

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