segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os manifestos são os gritos surdos de um povo que quer justiça

Os manifestos são os gritos surdos de um povo que quer justiça. Ontem estive no Rossio onde não havia qualquer cobertura nacional a uma manifestação ou revolução serena de um povo multinacional que lá se instalou, com cartazes de todas as nacionalidades, estão a fazê-lo por todo o lado, fiz fotografias mas a minha máquina fotografia caiu e danificou a lente, as imagens ficaram desfocadas por isso ainda não as pus online, mas acho que vou pô-las na mesma. É um, grito não de partidos, mas de todos os partidos, de um povo não só de Portugal mas de todo o mundo onde o capitalismo está a dominar, a revolta de quem quer trabalho e não tem, de quem quer saúde e não tem dinheiro, de quem não vê como viver no mundo que estão criando à nossa volta. Um grito só, de um povo quase mundial, farto dos capitalistas. Sejam capitalistas, mas dêem ao povo condições de vida e deixem-nos viver e ter oportunidades. O tempo em que médico era o filho do médico, o advogado o filho do advogado já passou. Todos temos os mesmos direitos, que cada um depois mostre o seu valor...
Os bons serão bons e avaliados como tal, os que não forem bons pelo menos tiveram sua oportunidade de o ser. Quem é bom no que faz é bom e pronto!! Que vençam pelas suas qualidades e valor não pelo seu dinheiro.

Para esclarecer bem as minhas ideias, não sou contra os ricos. Sempre haverá ricos e pobres, muito embora o mundo começasse amanhã e todos tivéssemos o mesmo ao nascer. Pouco tempo depois uns teriam muito e outros teriam pouco. Não sou pela toma das terras de cada um, Não!! Sou por uma justiça social, onde todos tenham os mesmos direitos, onde não existam Jet 7 ridículos, onde rico e pobre se sentem a mesma mesa e sejam amigos uns dos outros, onde as oportunidades de vida sejam justas e o trabalho não seja só para quem tem 12º ano e fala inglês ou formados.Todos precisam de comer, onde não se dê esmolas mas se ofereça trabalho remunerado e justo em vez de esmola. Onde não se viva de subsídios, e se tenha saúde igual para todos. E acima de tudo onde as pessoas não sejam corrompidas como são agora. Eu já fui empregada e empregadora, nenhum dos lados é fácil e os dois podem ser corruptos.

Temos de escolher pessoas de bem, saudáveis mentalmente e honestas, e temos de mudar mentalidades onde a imagem e o visual das pessoas não tenham tanto significado. Temos de alterar pessoas que só vivem para a imagem e se perdem os valores e degradam a sociedade.

Hoje em dia temos mais médicos para mudar sorrisos e tratar do visual do que para tratar a saúde. E os que existem para tratar a saúde não prestam e só querem clínica privada e fazer cirurgias (salvo algumas excepções). O mundo que se criou foi este...de fachada, de artifícios. As pessoas estão a ficar deprimidas, a gastar demasiado com a imagem e mesmo que não comam, para a roupa e imagem arranjam sempre. É a imagem a falar mais alto, criada por um mundo de moda que só quer fazer dinheiro arrastando jovens sem dó nem piedade algum atrás e si.

A cada canto temos clínicas de estética onde se mudam caras e corpos, e faltam medicos para diagnosticar doenças. Clínicas de luxo e um mundo criado à volta das mesmas que não vão querer fechar suas portas... mais uma forma de fazer dinheiro, de assaltar carteiras. Entra-se numa clínica destas e logo te apresentam alguém para ver tua imagem e fazer de ti um robô, uma série de tratamentos e cirurgias e uma forma de pagares a prestações através do banco. Mais uma maneira para empenhar as famílias.

As farmácias cada dia mais com medicamentos que eram comparticipados e agora são de venda livre, cada uma aplica o selo à sua maneira... como cidadã eu digo: TODOS OS DIAS SOU ASSALTADA E ROUBADA COM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO, e os maiores ladrões dos quais eu tenho medo vestem fato e andam de gravata ao contrário dos carteiristas que andam por aí mal vestidos fazendo pequenos roubos para comer.

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