Novos pobres. A classe média portuguesa passa fome | iOnline
A classe média portuguesa conhece hoje o amargo da pobreza. Há fome não  assumida e um índice preocupante de suicídios. São fruto do desemprego e  do endividamento crescentes. O alarme vem das instituições de  solidariedade social, como a Cáritas ou o Banco Alimentar, ouvidas pelo i.
À porta do Centro de Emprego do Conde de Redondo, em Lisboa, está  Marta, de 43 anos, que veio inscrever-se no desemprego. Perdeu o  trabalho que tinha numa editora e o marido está há 11 meses  desempregado. Ambos são licenciados. Fala de uma situação aflitiva, pois  perderam a casa por terem deixado de pagar o crédito e tiveram de ir  com três filhos morar com os sogros. O marido está com uma depressão  profunda. “Não dizemos aos amigos que em casa há dias em que se janta  pouco mais que pão com manteiga”, diz, envergonhada.
Situações como esta são o pão nosso de cada dia para Isabel Jonet,  presidente do Banco Alimentar contra a Fome: “As pessoas da classe média  não ousam reconhecer que necessitam de alimentos. Não pedem sequer  auxílio alimentar. Procuram as instituições de solidariedade social para  pedir orientação para renegociar os créditos.”
No final de Janeiro de 2012 estavam inscritos nos Centros de Emprego do  Continente e Regiões Autónomas 637 662 de- sempregados. Porém, estes  números não dão uma imagem completa do drama, na opinião de Isabel  Jonet. “Nada dizem dos casos das famílias que ficam sem o segundo  emprego, perdendo assim a fonte de rendimento que lhes permitia  assegurar o acesso a bens essenciais”, sustenta.
Com os seus grupos de acção social em praticamente todas as paróquias  do país, cerca de 4300, a Cáritas é outra das instituições que melhor  conhecem a realidade da pobreza nos lares portugueses.
Em Novembro passado, por ocasião do encontro das Cáritas diocesanas,  foram comunicados 516 novos casos de pobreza em todo o país, o que  corresponde a um aumento de 40% relativamente ao ano passado. Segundo  Eugénio da Fonseca, presidente da instituição, estes casos continuam a  aumentar e são cada vez mais graves. “Temos informações das nossas  estruturas diocesanas que revelam um índice preocupante de suicídios”,  salienta, acrescentando que, “quando as pessoas se vêem obrigadas a  cortar na despesa da farmácia, os primeiros sacrificados são os  antidepressivos.”
Abundam os casos de ruína financeira de famílias que até aqui  funcionavam normalmente e que deixaram de conseguir pagar empréstimos  contraídos. Muitos já perderam as casas. “E procuram socorro, não só em  termos de apoio financeiro, mas também aconselhamento jurídico. Foram-se  endividando e quando batem à porta da Cáritas estão já esmagados por  dívidas muito grandes. Nalguns casos superam os 10 mil euros.”
A Cáritas tem procurado, com a ajuda da Deco, aconselhar estas pessoas  no sentido de renegociarem as dívidas com o banco, diz Eugénio da  Fonseca. Outra situação a agravar-se é a dos empresários em nome  individual, que durante anos tiveram um negócio a funcionar que a crise  tornou inviável. Estas pessoas têm vindo a acumular dívidas às finanças,  na ânsia de salvar o ganha-pão, estando agora submersos em dívidas e  sem qualquer tipo de ajuda, quer por parte do Estado quer da Segurança  Social. São também cada vez mais as famílias que se viram constrangidas a  retirar os filhos das universidade, alguns já no final das  licenciaturas, porque os pais perderam os empregos. As associações de  solidariedade social andam a tentar apagar fogos que prometem alastrar  drasticamente este ano.
-Que posso eu dizer de tudo isto? Eu Conceição Ramos?
-Já esperava isto faz muito tempo e o pior está para acontecer.
Espero sinceramente ver todos os corruptos que venderam os Países da Europa mais tal como o nosso Portugal apodrecer na CADEIA.
Convido todos os portugueses a resistirem, deixarem de comprar a estrangeiros, de trocarmos os Centros Comerciais por lojas pequenas de artigo Nacional. Os Centros Comerciais foram o principio do fim do nosso Comercio, as nossas fabricas foram fechando mas ainda estamos a tempo, troquemos coisas entre nós, um ano ou outro sem luxo ou moda não mata.
  Abandonemos o Euro que desgraçou a nossa Sociedade.
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